Estudo realizado exclusivamente para o prêmio A Era do Diálogo evidencia que a centralidade no cliente, além de melhorar as relações de consumo, também evita a judicialização
Por Ivan Ventura Tempo de leitura: 12 minutosEM UM MOMENTO EM QUE OS DADOS direcionam empresas, governos e até a rotina dos consumidores, é importante observar a base de informações que vem sendo empregada. Esse é um dos grandes trunfos do Prêmio A Era do Diálogo.
A metodologia desenvolvida pelo Centro de Inteligência Padrão (CIP) utiliza dois conjuntos de informações públicas, ambas relacionadas às queixas registradas nos órgãos de defesa do consumidor.
Esse grande volume de informações, finalmente, se acomoda sobre uma metodologia exclusiva e resulta em um ranking com as 20 empresas dos mais variados setores da economia com os melhores índices de resolutividade do País.
“A metodologia do Prêmio A Era do Diálogo tem como objetivo propor uma visão que o Poder Público possui de uma forma não estruturada e que mostra quais empresas têm maior compromisso com a mediação e a harmonização de conflitos na esfera das relações de consumo”, afirma Jacques Meir, diretor-executivo de Conhecimento do Grupo Padrão.
Segundo Meir, a partir das bases de dados públicos, logo isentos, são estruturados um conceito e um ranking. “Por meio deles, é possível dar visibilidade para empresas que se destacam justamente nesse processo de harmonização das relações de consumo”, acrescenta.
Empresas que buscam solucionar as demandas dos consumidores ainda na fase de reclamação conseguem evitar ações na justiça.
“Por meio das ferramentas de desjudicialização, o consumidor tem seu problema resolvido de forma rápida e com menos custos, a empresa consegue proporcionar ao cliente uma experiência de solução eficaz e o Poder Judiciário, com a redução de casos, pode se dedicar aos processos nos quais sua atuação é extremamente fundamental”, frisa Humberto Chiesi Filho, diretor Jurídico do Mercado Livre na América Latina.
EVANI MONTECHESI,
diretora de Customer Care e Jornada Digital da SKY
O Mercado Livre ocupa a liderança do ranking com 87% de pontuação. Segundo Chiesi Filho, como parte da estratégia para contribuir com a não judicialização, o Mercado Livre conta com os canais próprios de atendimento, os quais permitem que 96% dos problemas sejam resolvidos internamente. “Um deles é o canal ODR (Online Dispute Resolution) para a resolução de disputas on-line. Atualmente, apenas 4% dos problemas de consumidores com o Mercado Livre e o Mercado Pago vão para canais externos, e somente 0,3%, dentro desse universo, chega ao Judiciário”, destaca.
Um fator preponderante para a resolução dos conflitos é colocar o cliente no centro de tudo. Essa é uma prerrogativa de empresas como a Panasonic, segundo o diretor de Operações, Marcio Castro. A rotina do atendimento tem ajudado as companhias a aprimorar, cada vez mais, a resolutividade de demandas.
Para Fabio Avellar, vice-presidente de Clientes da Vivo, o bom resultado obtido pela empresa passa por entender a demanda do consumidor e onde podem surgir as demandas. “É fundamental entender o cliente desde a criação do produto, passando pela personalização da oferta e chegando ao relacionamento no pós-venda. É preciso saber o que ele busca, quais são seus anseios e suas dores para criar, assim, uma relação cada vez mais próxima e recorrente”, explica.
Outra operadora de telefonia, a TIM, também trabalha com o objetivo de ouvir o cliente e atuar com agilidade, respeito e transparência, garantindo a resolutividade e a redução no volume de suas demandas. “Oferecer o melhor serviço e o melhor atendimento é a nossa prioridade, sendo uma caminhada constante e desafiadora, principalmente em um setor tão dinâmico e essencial quanto o de telecomunicações”, afirma Ana Cristina Menezes Oliveira, diretora de Ouvidoria da TIM Brasil.
Na Azul, toda a jornada do cliente é monitorada e tem como objetivo garantir a satisfação de quem escolheu a companhia como a sua empresa aérea. “Temos como missão proporcionar a melhor experiência de voo para os nossos clientes. É por isso que investimos tanto na experiência de quem voa conosco, desde o momento em que a pessoa compra sua passagem até a chegada ao destino”, afirma Jason Ward, vice-presidente de Pessoas e Clientes da Azul.
Outro ponto lembrado por Evani Montechesi, diretora de Customer Care e Jornada Digital da SKY, é a presença da empresa em todos os municípios do País, que traz um entendimento da diversidade territorial e cultural do Brasil, o que reflete no entendimento da necessidade do consumidor.
“Temos nossos consumidores como centro da estratégia e sabemos que é de extrema importância a otimização dos serviços prestados de acordo com os requisitos e as necessidades individuais”, afirma Evani Montechesi. Em 2022, além das Top 20 que figuram no ranking, há uma homenagem especial dos dez anos de A Era do Diálogo para as empresas e personalidades que, neste período, se engajaram no diálogo para a solução de conflitos.
JASON WARD,
vice-presidente de Pessoas e Clientes da Azul
MARCIO CASTRO,
diretor de Operações da Panasonic
Humberto Chiesi Filho,
diretor Jurídico do Mercado Livre na América Latina
Luciana da Mata,
líder de Experiência do
Cliente do Nubank
Celso Tonet,
diretor de Atendimento e Call Center da Claro
Ana Cristina
Menezes Oliveira,
diretora de Ouvidoria
da TIM Brasil
Fabio Avellar,
VP de Experiência do
Cliente Vivo
Evani Montechesi, diretora de Customer Care e Jornada Digital da SKY
Marcio Castro,
diretor de Operações da Panasonic
Elen Souto,
diretora Jurídica Cível,
Consumidor e Contratos
Regulados
Marcelo Zorzo,
diretor de Vendas e
Retenção de Saúde da
Porto Seguro
Edinelson (Ted) Santos, diretor de Gestão de Clientes
da Via Varejo
João Francisco Mariano,
diretor de Experiência do Cliente e Design do GPA
Fabio Marques,
diretor de Clientes e
Operações do Sem Parar
Ana Paula Kagueyama,
head Global de Soluções para
Clientes do PayPal
Filipe Bella, head Executivo de Experiência do Cliente da Serasa
Jason Ward, VP de Pessoas e Clientes da Azul
Há dez anos, A Era do Diálogo promove debates sobre temas que impactam a sociedade de consumo.
O evento sempre contou com a participação popular de entidades que defendem os consumidores, mas não haveria, efetivamente, o diálogo sem a corajosa participação das empresas.
Hoje, o evento conta com empresas dos setores de telecomunicações, bancário, aviação civil, planos de saúde, seguros e, mais recentemente, comércio eletrônico, entre outros. As empresas listadas abaixo sempre atenderam prontamente aos chamados para os debates do evento, mesmo quando o assunto parecia um pouco desconfortável. Isso é respeitar o consumidor.
Mais do que o debate, essas empresas ainda assumiram compromissos públicos com o consumidor. Não à toa, elas vêm aumentando os índices de resolutividade e reduzindo o atrito com o cliente. A Era do Diálogo espera que esse compromisso se repita pelos próximos anos.
Importantes executivos de empresas, representantes do Poder Público e especialistas em direito do consumidor fizeram parte em dez anos de história de A Era do Diálogo. Alguns nomes foram marcantes não apenas pela contribuição ao diálogo, mas para o aprimoramento das relações de consumo, independentemente do momento e perfil do consumidor.
RICARDO MORISHITA
CLAUDIA SILVANO
FERNANDO CAPEZ
RICARDO LAGRECA
LUCIANO TIMM
JULIANA PEREIRA
JULIANA DOMINGUES
FABIO AVELLAR
LEILA MELO
CELSO TONET
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